Com três casos confirmados de sarampo pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Paraíba figura como o terceiro estado do país com maior número de diagnósticos da doença este ano, conforme dados consolidados entre janeiro e julho.
O número é superado apenas por Pernambuco, que notificou 62 casos, e São Paulo, com cinco. Todos os registros foram na capital João Pessoa.
De acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, "caracteriza-se o surto a partir da confirmação de um caso de sarampo notificado entre o final de maio e início de junho. A orientação do estado é intensificação da vacinação tríplice viral e da tetra viral".
Talita também explicou que diante da existência de surtos em acompanhamento, além da Paraíba, também nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, a Gerência de Vigilância em Saúde (GEVS) mantém a recomendação às secretarias municipais de saúde que continuem em situação de alerta para casos de suspeitas de sarampo.
De janeiro até agosto, foram registrados 112 casos de suspeita de sarampo no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), distribuídos em 12 municípios: Araçagi (2), Bayeux (4), Boa Vista (1), Cabedelo (1), Campina Grande (1), Itapororoca (1), João Pessoa (96), Lucena (1). Manaíra (1), Pilões (2), Solânea (1) e Sousa (1).
Sobre o Indicador de Investigação Oportuna dos casos notificados de sarampo no Sinan, 63 casos (56,25%) foram investigados no tempo oportuno e 49 (43,75%) tiveram a investigação inoportuna para o desenvolvimento das ações. Segundo a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, a secretaria alerta todos os municípios sobre a necessidade da investigação em até 48 horas com o objetivo de adotar as medidas de controle.
“Entre as medidas de controle, enfatiza-se a realização do bloqueio vacinal, que no momento da avaliação do Sinan os municípios de João Pessoa, Araçagi e Boa Vista informaram que não realizaram, sendo considerada a principal medida de controle da doença”, disse Talita.
A doença
Sarampo é uma doença transmissível que pode evoluir com gravidade e causar complicações, como pneumonia e encefalite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
“O vírus pode ser transmitido de quatro a seis dias antes, até quatro dias após o aparecimento das erupções cutâneas, sendo o período de maior transmissibilidade dois dias antes e dois dias após o início das erupções.
Desta forma, a vacina tríplice viral é a única medida de prevenção eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba”, explicou Talita Tavares.
FONTE: G1 Paraíba
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