Com a expectativa de consolidar o nome do
senador Aécio Neves (MG) para presidir a sigla, o Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB) realiza neste momento sua convenção nacional em Brasília para
eleger, além do novo presidente, os 236 nomes que formarão o diretório
nacional, além de 25 nomes para a executiva nacional, que executa as
deliberações das convenções do partido e do diretório.
O presidente do partido tem como função
liderar as ações da sigla em época de eleição, administrar divergências
internas e articular alianças nacionais e regionais. A definição do nome de
Aécio para suceder o atual presidente, o deputado federal Sérgio Guerra (PE),
foi costurada em acordo e é dada como certa por lideranças do PSDB, mas será
confirmada em votação.
Entre os nomes de peso do partido, são
esperados para o evento o ex-governador de São Paulo José Serra, o
ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo
Geraldo Alckmin, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio e o ex-senador Tasso
Jereissati.
Ontem, dia 17, numa rápida aparição para
prestigiar uma premiação para mulheres de destaque do PSDB, Aécio disse que a
convenção será "para todos" do partido. Em discurso às centenas de
militantes que lotaram um auditório em Brasília, disse que, a partir deste
sábado, os tucanos da nova cúpula vão "iniciar uma nova história no PSDB,
como um partido plural, que não apenas fale, mas saiba ouvir".
Antes, em discurso, o atual presidente,
Sérgio Guerra, reforçou o discurso em prol da "unidade" e disse ser
falsa a ideia de que o PSDB "tem dono". "Esse partido tem
unidade, e não porque tem o poder [no governo federal]. Nós temos ideias e
nossa democracia", disse. "Se não estivermos juntos, não vamos
esperar que o povo se junte a nós", completou.
"Todos os grandes líderes estarão na
convenção", ressaltou o deputado Marcus Pestana (MG), um dos parlamentares
mais ligados a Aécio. "Será o coroamento de uma etapa onde nós nos
concentramos na consolidação da unidade partidária. Vamos partir para um novo período,
concentrar menos energia dentro de casa e partir para a sociedade",
afirmou.
Já o ex-líder do partido no Senado, Álvaro
Dias (PR), reconhece que ainda há divergências e afirmou esperar que o novo
presidente possa acabar com desavenças regionais. “Tem que curar feridas que
existem e buscar a unidade”, disse.
O atual líder do PSDB no Senado, Aloysio
Nunes (SP), disse acreditar que o mandato de Aécio fortalecerá o PSDB. “Ele vai
ser um bom presidente, tem tudo para ser presidente do partido: tem vontade,
boa experiência administrativa, capacidade”, avaliou Nunes.
O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP),
com trânsito também entre o grupo de Serra e Alckmin, diz que a unidade será
ponto de partida para a formulação de uma nova proposta do partido. "O
objetivo é apresentar nossa contribuição para um país menos desigual, que é a
meta da social- democracia no mundo inteiro. Como? Em vez de administrar a
pobreza, eliminar a pobreza".
O PSDB tem hoje a terceira maior bancada na
Câmara dos Deputados, com 49 representantes, e 12 parlamentares no Senado,
mesmo número de cadeiras ocupadas pelo PT - atrás apenas do PMDB, que possui 20
senadores. O partido é a principal sigla da oposição nas duas Casas.
Nas cinco regiões do país, os tucanos têm
oito governadores eleitos, incluindo o estado de São Paulo, unidade federativa
mais populosa e rica. A convenção deste sábado começa às 9h e contará com a
participação de 1,5 mil filiados ao PSDB.
FONTE: G1.globo.com
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