terça-feira, 14 de maio de 2013

Ministério Público cogita acabar com torcidas organizadas de Campina Grande

Após as confusões que foram registradas antes e após o clássico entre os times do Campinense e do Treze, em Campina Grande, Ministério Público da Paraíba cogita a possibilidade de acabar com as torcidas organizadas da cidade. A declaração foi dada pela promotora do Consumidor em Campina Grande, Adriana Amorim, depois que o comandante da Polícia Militar em Campina Grande, tenente-coronel Souza Neto, pediu, nesta segunda-feira (13), que fosse iniciado um processo para a extinção das organizadas.
Apesar do pedido externado pela PM, a promotora do Consumidor em Campina Grande, Adriana Amorim, disse que, pelo menos inicialmente, vai tentar fazer uma espécie de cadastramento com os membros das torcidas organizadas, como forma de inibir as práticas criminosas dentro e também no entorno dos estádios locais.

O Ministério Público irá instaurar um procedimento para checar a situação dessas torcidas e verificar a documentação dessas pessoas para que seja feito um cadastro com fotografias, todos a documentação para que essas torcidas tenham realmente a sua legitimidade confirmada. Se for verificado que essas pessoas não têm realmente boas intenções, o fim das torcidas organizadas pode acontecer sim”, declarou Adriana Amorim.

O comandante Souza Neto explicou que tem feito esse monitoramento desde que chegou em Campina Grande, dentro e fora do campo. “Por isso estou fazendo esse pedido ao Ministério Público para que discuta essa situação da extinção dessas torcidas. Existe uma preocupação grande com os próximos clássicos, já fizemos o pedido para que o comando geral aumentasse o efetivo, justamente para inibir essas práticas”, comentou.

Entenda o caso

Dois torcedores se envolveram em uma briga na Rua Vigário Calixto, que fica nas imediações do Amigão, antes do Clássico dos Maiorais. Segundo um torcedor trezeano, que estava na confusão e não quis se identificar, um grupo da Torcida Jovem do Treze estava se dirigindo para o estádio, quando encontraram alguns torcedores da Facção Jovem do Campinense. Ele contou ainda que os dois grupos se atacaram com pedras.

No mesmo dia, sendo que depois do jogo, a Polícia Militar registrou outra briga entre as duas torcidas. Dessa vez foi no Terminal de Integração de passageiros de Campina Grande, quando um ônibus que chegou com algumas pessoas que vinham do Amigão acabou sendo apedrejado pelos rivais, que aguardavam no local.

Para dispersar os brigões, a PM teve que utilizar spray de pimenta e um torcedor, que acabou desmaiando, teve que receber atendimento médico por parte do Corpo de Bombeiros ainda no local. Além do ônibus que foi apedrejado pelos torcedores, boa parte da estrutura do Terminal de Integração acabou sendo destruída.

Após um desses tumultos, um torcedor acabou sendo atingido com uma facada nas costas e pode acabar ficando paraplégico.

FONTE: G1.globo.com/pb

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