Não faço posts de MMA porque
não entendo o suficiente para analisar luta, lutador, porra nenhuma. Gosto de
esporte, passei a acompanhar desde o primeiro UFC no Brasil e desde então tenho
Anderson como um ídolo.
O que aconteceu
hoje não é uma criação do Anderson. Talvez a garotada não conheça, mas foi Ali
que eternizou esse comportamento e através dele sempre levou vantagem nas
lutas.
Desequilibrava o
adversário, tirava a concentração, o fazia errar. Anderson correu o risco de
ser ridículo ao debochar do Chris.
Se marrento, é
bom vencer. Se marrento e derrotado, é motivo de piada.
Hoje, Anderson
merece ser piada.
Não porque sua
carreira deixe de ser maravilhosa ou porque os santos virtuais passaram a achar
feio a estratégia, mas porque quando se chuta de longe pra tentar um golaço
você convive com a enorme chance de errar e tomar uma vaia.
Anderson quis uma
noite de herói. Caiu, teve uma noite de palhaço.
É parte do risco
que assumiu, e o admiro por ter assumido.
Prefiro ainda mil
vezes um Renato Gaúcho “brincando no Brasileirão” ou um Spider tentando
desequilibrar o adversário do que um boneco manipulado por um empresário que
não tem personalidade.
Anderson teve pra
tentar, e pra sair aceitando a derrota.
Pode rir. Ele
merece.
Mas só hoje.
Porque antes da sua derrota tem uma história enorme de vitórias e
personalidade.
A mesma que hoje
custou caro, mas que faria dele um Deus para os mesmos que agora dão risada
caso desse certo.
Precisamos aprender
a conviver com a derrota, com a marra, com o favoritismo. É natural do
brasileiro torcer pro coelho contra a raposa.
As vezes, ou
quase sempre, a raposa ganha. E não há nada de errado nisso.
Chris é o novo
campeão. Anderson, o motivo de piadas da noite.
E as merece. Como
mereceria o posto de herói se tivesse vencido.
abs, RicaPerrone
FONTE: Ricaperrone.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário