Após tentar,
por três vezes, rediscutir a adesão da Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no Colegiado
Pleno do Conselho Universitário, o reitor Edilson Amorim resolveu encaminhar ao
Ministério da Educação documento oficializando a decisão da administração
central pela gestão compartilhada dos hospitais da instituição com a empresa
criada pelo governo federal.
A decisão
administrativa foi tomada nessa quarta-feira, dia 26, véspera do limite do
prazo estipulado pela Justiça Federal para que a universidade comprove a
vinculação do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), do campus de
Cajazeiras, à Ebserh ou promova abertura concurso público em caráter
excepcional e temporário.
A deliberação
da reitoria aconteceu após receber ofício do MEC afirmando que o provimento de
pessoal para os hospitais universitários somente será autorizado no âmbito da
Ebserh e de acordo com seu modelo de gestão.
O reitor
esteve na semana passada em Brasília tentando junto à Secretaria de Educação
Superior (SESu/MEC) solucionar a questão do pagamento da folha de pessoal do
HUJB e obter autorização para realização do processo seletivo temporário para,
com isso, retomar a rediscussão no Colegiado Pleno – respeitando a decisão
daquele colegiado, na reunião do último dia 18, de reanalisar a decisão tomada
em 2012 – contrária à adesão.
No entanto,
sem obter êxito nas negociações com o MEC e diante da exiguidade do prazo
estabelecido pela Justiça, Edilson Amorim se viu compelido a decidir
administrativamente.
E
circunstanciando ainda mais essa decisão, na manhã dessa terça (dia 25) a
reitoria foi comunicada pela Procuradoria Federal da suspensão das etapas
restantes (homologação e nomeação) do processo seletivo simplificado destinado
ao provimento de cargos temporários para o Hospital Universitário Alcides
Carneiro (HUAC), de Campina Grande.
Razão
e responsabilidade
“Adotamos
esta decisão pelo entendimento de que fazemos a melhor opção que a oportunidade
oferece; a forma como se dá esta decisão é determinada pela Ação Judicial e
pela responsabilidade de manter o funcionamento do HUJB, com a compreensão de
que nosso Colegiado Pleno não nos obrigaria a descumprir a determinação legal
em apreço”, justifica, o reitor, em nota aos conselheiros do Colegiado Pleno e
à comunidade acadêmica.
Edilson
Amorim assume a responsabilidade de promover a adesão da UFCG – para gestão
compartilhada dos seus hospitais – à Ebserh, lamentando não ter havido
condições favoráveis para que essa resolução partisse do Colegiado Pleno.
Ao reafirmar
o respeito pela discussão coletiva e democrática, registrou que a reitoria
contribuiu efetivamente para a ampliação do debate, embora tenha assistido, em
todas as ocasiões, a um clima completamente desfavorável ao diálogo, em que um
grupo de manifestantes com posição irredutível não deu condições para que a
maioria se expressasse plenamente.
“chegamos a
uma polarização sem mediações possíveis, com uma minoria buscando impor, a cada
situação, o retorno da discussão ao ponto zero, desconsiderando a decisão
majoritária que concordava em apreciar a adesão da nossa universidade ao novo
modelo proposto”, destacou.
Consciência
e segurança
Dizendo ter
consciência da responsabilidade institucional que a decisão administrativa pela
adesão à Ebserh representa, Edilson Amorim se pôs à disposição do Colegiado
Pleno e de toda a comunidade universitária - a quem também agradeceu o apoio
recebido - para apresentar as razões que o levaram a decidir em prol da
universidade e da população paraibana.
Seguro da
repercussão positiva da decisão, o reitor explicitou - no ofício encaminhado ao
presidente da Ebserh, Rubens Rebelatto -, que o ato administrativo foi adotado
para promover a gestão hospitalar compartilhada entre o MEC (por meio da
empresa), a UFCG e os seus hospitais universitários – também citando o Hospital
Universitário de Cajazeiras, a ser construído.
No documento,
Edilson Amorim reforçou que o ato administrativo também ocorre, estritamente,
para cumprir a finalidade de promover a formação acadêmica dos estudantes da
UFCG, especialmente dos cursos da área de saúde, e a assistência à saúde da
população, de forma inteiramente gratuita, integral e exclusivamente no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a lei de criação da Ebserh.
Veja a Nota Pública
FONTE: UFCG
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