sábado, 21 de setembro de 2013

Paraíba gera quase 5 mil novos empregos no mês de agosto

A abertura de 4.902 novos empregos registrados no mês de agosto mudou o  cenário do mercado de trabalho paraibano. Até o mês de julho, o Estado acumulava saldo negativo de 3.571 contratações. Com os postos gerados no mês passado, o saldo foi revertido e ficou positivo pela primeira vez no ano (1.648).
Apesar da mudança de conjuntura, o número de postos na Paraíba ainda está muito abaixo do que foi gerado nos oito meses de 2012, cujo estoque de assalariados com carteira assinada chegou a 10.318, o que representa uma queda 84% ou menos 8.570 empregos.

Mesmo com expansão de 1,31% postos de trabalho com relação a julho, este foi o pior agosto dos últimos 10 anos. No mesmo mês do ano passado, o número de contratações chegou a 7.851 e em 2011 foi de 10.271.

Os destaques de agosto ficaram concentrados no setor sucroalcooleiro com o início da moagem da cana de açúcar e de serviços.  Vale lembrar que o crescimento de pouco mais de 1% foi influenciado pela alta na quantidade de vagas nos setores da indústria de transformação (1.940 novos postos) e  da agropecuária (mais 1.718). Na terceira posição veio serviços (961 novos postos). Os saldos da construção civil (216) e comércio (89) não foram tão significativos em agosto.

Com relação aos estados do Nordeste, a Paraíba ocupou a terceira posição no mês de agosto na criação de empregos, ficando atrás do Ceará (6.781) e Pernambuco (7.387), primeiro colocado no ranking. Depois da Paraíba vêm Bahia (3.955), Maranhão (3.535), Rio Grande do Norte (3.219), Sergipe (1.237), Alagoas (1.127) e Piauí (992). O saldo da região no mês foi de 33.134 empregos.

O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos na Paraíba (Dieese-PB), Renato Silva, afirmou que o saldo inferior no acumulado deste ano em relação ao mesmo período de 2013 foi puxado principalmente pelo setor da construção civil, que apresentou saldo de 4.043 nos oito meses do ano passado e apenas 198 deste ano.

Segundo Renato Silva, a indústria de transformação também contribuiu para o quadro deste ano. Em 2012, o setor tinha saldo positivo de 746 e este ano perdeu 3.049 vagas.

Outra atividade que contribuiu para a queda no acumulado dos oito meses foi o  comércio, que em 2012 tinha incluído no mercado de trabalho 1.802 trabalhadores e este ano este número foi de apenas 650 pessoas. “Somente com estes setores percebemos o número de postos de trabalhos que perdemos no acumulado deste ano”, reforçou Renato Silva.

Ao analisar os setores que estimularam a alta deste mês, o supervisor técnico do Dieese-PB explicou que os números de empregos estão relacionados à criação de  contratações sazonais ligadas à produção sucroalcooleira, que sofre bastante variação dependendo da época do ano.

“Infelizmente temos um mercado bastante sazonal, tanto no comércio quanto na indústria de transformação. No início do ano, há queda nas vendas na atividade comercial e na produção sucroalcooleira. Isso começa a melhorar a partir de maio, com o Dia das Mães, e na produção do álcool e açúcar a partir julho”.

SANTA RITA LIDERA CRIAÇÃO DE POSTOS DE EMPREGO ENTRE AS CIDADES

O município de Santa Rita, que concentra produção sucroalcooleira, liderou o número de empregos em agosto (2.274). A capital ficou na segunda colocação (408), enquanto Campina Grande apresentou o quarto lugar (180), atrás de Cabedelo (253).

No acumulado do ano, João Pessoa lidera a geração de vagas (4.461), enquanto Campina Grande apresenta ainda saldo negativo (-30 postos).  Apesar de liderar em agosto,  Santa Rita (-2.152)  ainda  acumula a maior perda de postos de trabalho em oito meses.

FONTE:  JP on line

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