Um projeto de lei tramita no
Congresso Nacional para incluir oficialmente a educação financeira no currículo
escolar nos ensinos fundamental e médio. O projeto propõe que o tema integre o
currículo de matemática. Especialistas no assunto, no entanto, defendem que
a educação financeira seja trabalhada de
forma transversal, incluída em diversas disciplinas.
Em tramitação desde 2009,
o Projeto de Lei Nº 171/09, apresentado na Câmara dos Deputados, está na
Comissão de Educação do Senado e aguarda para entrar na pauta. Há também uma iniciativa do
governo federal que, em 2010, publicou decreto instituindo a Estratégia
Nacional de Educação Financeira (Enef).
A partir da estratégica, foi implantado
um projeto piloto em escolas públicas e os resultados foram avaliados de forma
positiva em 2011. Um dos desdobramentos da experiência foi a instalação de um
grupo de apoio pedagógico que, de acordo com o Ministério da Educação, discute
a validação de materiais pedagógicos de educação financeira elaborados para os
nove anos do ensino fundamental e também para o ensino médio.
Na rede privada de ensino, a
educação financeira vem ganhando maior espaço porque as instituições tem mais
flexibilidade no currículo. Um exemplo de dado sobre a implantação do tema é da
consultoria Dsop Educação Financeira, que atende a mais de 500 escolas
particulares em todo o país com a capacitação de professores e a distribuição
de material didático. A consultoria também atende atualmente a rede municipal
de educação de Goiânia, Franco da Rocha
(SP), Vitória, Guarujá (SP) e Barueri (SP), com ações em diferentes estágios de
implementação.
"As escolas privadas têm
mais facilidade por não ter rede e há concorrência entre elas, então buscam
oferecer atividades variadas. As escolas públicas têm redes muitas vezes
extensas. Quando vamos para os estados, eles já têm a predisposição de ter
educação financeira, mas nos municípios fica mais fácil, por ser uma rede menos
extensa que a estadual e a federal", explica o educador e consultor da Dsop
Reinaldo Domingos.
FONTE: Educacao.uol.com.br
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